A função social dos agentes comunitários e dos agentes de endemias para
o pleno desenvolvimento de uma saúde pública de qualidade é
inquestionável. O processo de construção do SUS, regulamentado pela
Constituição Federal de 1988, que traz em seu capitulo VII da Ordem
Social e na Seção II, a garantia do acesso à saúde como direito de todos
e dever do Estado, não é mais possível,
sem os valiosos serviços que são cotidianamente prestados pelos ACS e
ACE de todo o país. Em Jequié, particularmente, onde o governo municipal
enfrenta uma grave crise política e sofre com o alto índice de rejeição
por parte da população, a realidade da saúde pública é caótica. Diante
de uma greve dos ACS e ACE que já se aproxima dos trinta dias, o governo
refugia-se em justificativas insossas que nada diz. Lembremos que, a
prefeita criticava o desrespeito com a nossa categoria. Agora,
entretanto, podemos afirmar que estamos sendo, ainda, mais
desrespeitados e massacrados por esta gestão. Vejamos: Somos 333 ACS.
Custamos aos cofres do município, R$28.310,99, ou seja, com o salário de
quatro secretários é possível pagar 333 servidores. Considerando que,
do total de R$ 353.654,00 que é a soma dos salários de todos os ACS, o
Governo Federal repassa R$340.100,00. Cabendo ao município, complementar
com a pífia quantia de R$ 28.310,99. A proposta de reajuste da
prefeitura é de 5,8%, o que representará, apenas, um acréscimo de R$
20.00.00 na folha, ou seja, menos que o valor da soma dos salários de
três secretários. Esse é o verdadeiro valor que o atual governo concede
aos ACS e ACE. Assim, sugerimos a nossa prefeita que aproveite a
oportunidade para avaliar sua consciência.
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