“Saúde não se politiza. É um absurdo que o PT use o contexto eleitoral para cercear o direito dos cidadãos de atendimento a saúde em um hospital que foi ampliado recentemente e está totalmente preparado com os melhores equipamentos para atender a população de Jequié e região”, disparou o deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB). O peemedebista denunciou nesta quinta-feira (26) que, por questões políticas, a Santa Casa Hospital São Judas Tadeu, pertencente à Fundação José Silveira, inaugurado em junho, em Jequié, está com os seus leitos vazios, enquanto o Hospital Prado Valadares (HGPV), administrado por uma gestão ligada ao PT no município, está lotado. Segundo Leur Jr., a Santa Casa foi ampliada com objetivo de atender parturientes, através do Centro de Parto Normal, e tem 30 leitos para receber pacientes do Prado Valadares, mas por causa de “objetivos e interesses eleitoreiros”, há denúncias de que o hospital estadual não está encaminhando os pacientes para Santa Casa. A ampliação da Santa Casa foi uma das lutas do petebista Antonio Brito, que hoje apoia o candidato a prefeito Euclides Fernandes (PDT). Enquanto isso, o PT municipal apoia a candidatura de Tânia Brito (PP). Conforme Leur Jr., essa aliança local entre o PP e o PT, com vistas ao pleito de outubro estaria inviabilizando o acesso de muitos doentes à Santa Casa.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA DIREÇÃO DO HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES SOBRE LEITOS DE RETAGUARDA
ResponderExcluirConsiderando a veiculação pela imprensa de informações desencontradas e fora do contexto em relação à utilização dos leitos de retaguarda da Unidade da Fundação José Silveira em Jequié pelo Hospital Geral Prado Valadares, a direção geral do HGPV vem a público esclarecer conforme segue:
Nunca houve interferência político-eleitoral na atual gestão do Hospital Prado Valadares, nem agora, nem antes e não haverá;
A demanda pela disponibilidade dos leitos de retaguarda em questão foi da gestão do HGPV e da SESAB;
Não há cerceamento a nenhum paciente de ser internado em leito de retaguarda, mas quem decide isto não é o paciente nem o diretor do hospital, e sim o médico, pois existem critérios clínicos estabelecidos em protocolo;
Apesar da inauguração da Unidade (Santa Casa Hospital São Judas Tadeu) ter ocorrido no dia 09 de junho, os leitos de retaguarda foram liberados para utilização no dia 03 de julho, as primeiras 8 solicitações de transferência via Central Estadual de Regulação ocorreram em 07 de julho, a primeira transferência ocorreu em 10 de julho, de quando as transferências continuaram, tendo atingido a lotação máxima em 27 de julho, sexta-feira.
É importante salientar que os problemas técnicos e burocráticos relatados referem a critérios clínicos do perfil dos pacientes, de competência estritamente médica, e não simplesmente administrativa. Houve transferência de paciente que teve de retornar ao HGPV porque chegando lá apresentou quadro clínico incompatível com o protocolo (febre + dispneia).
Além dos leitos de retaguarda o HGPV conta também com o Serviço de Internação Domiciliar que absorve parte dos pacientes que não necessita ocupar o leito do HGPV e nem os de retaguarda, pois podem ficar Melhor em Casa, no conforto de sua residência recebendo a equipe multiprofissional de acordo com a necessidade.
Os interesses e objetivos da atual gestão do HGPV é prestar a melhor assistência aos usuários do SUS, independente de questões politico-eleitoreiras.
É preciso discutir também a falta de funcionamento da regulação prévia dos pacientes que utilizam os leitos Credenciados ao SUS em Jequié, porque mesmo ocupando os 28 leitos de retaguarda da Santa Casa, o HGPV continua superlotado, com pacientes nos corredores, enquanto existem leitos do SUS vazios nas 4 Clínicas Credenciadas ao SUS em Jequié.
O município de Jequié (150 mil hab., referência para 600 mil hab.) não possui hospital da rede própria e a UPA não atende aos critérios previstos de funcionamento e suporte, o único público é o Estadual (Prado Valadares), único com porta aberta de urgência e emergência geral, obstétrica e psiquiátrica 24h.